8.27.2010

Liberdade ou Prisão?


"O medo é a única prisão, e a única verdadeira liberdade consiste em viver livre de medo."
Seguindo esta ideia nunca seremos verdadeiramente livres, nunca.
A liberdade acaba por se revelar o quê afinal? Poder voar sem ter asas? ; Poder fugir encarcerado numa prisão? ; Poder gritar sem ninguém ouvir? ; Poder morrer sem nunca deixar de viver?
É a isso que chamam "liberdade"? À imaginação das pessoas, à nossa bolha invísivel que ninguém pode ultrapassar sem a nossa autorização, à privacidade que existe na nossa mente?
E a liberdade de sermos livres fisicamente, não dar explicações a ninguém, fugir e dar a volta ao mundo sem preocupações, sem medos, sem nada que nos atrapalhe.
realmente apenas deve existir uma liberdade "semi-verdadeira" : aquela que existe apenas na nossa mente, nem é liberdade é só privacidade.
Então ficamos mais uma vez na dúvida: será que há mesmo uma coisa de que muitos falam mas nenhuns vivem, a que chamam "Liberdade"?
Nunca ninguém está livre, de medos, inseguranças, preocupações, fardos e tudo mais.

8.26.2010

Sociedade?

Vivemos todos inseridos numa sociedade em que nos deixamos levar pelos estereótipos. Educados sempre pela mesma regra do saber estar.
O mais novo segue o mais velho; o mais velho é responsável pelo mais novo.
Somos cínicos para todos, mesmo não o sabendo, há sempre algo desagradável que certa pessoa tem que nos incomoda, alguns têm mais esse algo que outros. Todos temos o nosso segredo que é banível pela sociedade intriguista e oportunista, escondêmo-lo de todos, é a nossa garantia de que nunca seremos olhados de lado e perdermos o respeito de imensas pessoas, talvez até de todas, por certos actos moralmente condenáveis e socialmente puniveis.As pessoas responsáveis por nós, aquelas que nós admiramos, tentam indicarnos o caminho certo falando de "experiência própria" sem nunca especificarem essa tal experiência. Vamos acreditando nessas suas palavras de sábios, até que a verdade acaba por se revelar terrível e avassaladora.
Ficamos confusos e começamos a pensar que rumo iremos tomar sem os mais sábios para nos acompanharem. Perdemos todo o respeito por eles, mentiram, esconderam... No fim o fundo revela-se do tom da hipócrisia: dizem umas coisas fazem outras, e nós andamos aqui perdidos á procura de um destino tranquilo, que parece nunca mais mostrar sinais da sua existência.
Dizem que estamos a confundir as coisas que "dizem isso porque sabem o que é bom e mau, que o que fazem eles mal nós devíamos fazê-lo bem"... E que moral têm eles para falar? No fundo se sabem o que é bom e mau deviam ter coragem, iniciativa, ou o que quer que for preciso para tornarem o mal, no bem. Para orgulharem que sempre teve orgulho neles, para reconquistarem o respeito perdido.
Mas não, limitam-se a falar, falar e falar, sem nunca compreender que eu, e todos nós fomos educados sobre o mal e o bem da sociedade, já temos consciência de que mentir é mau, dizer a verdade é bom, e muitas mais hipócrisias.
Ensinam a não mentir, e a dizer a verdade, mas quem não mente? Mais hipócrisia.
Criticar o modo como a sociedade foi construída, é falar, escrever, como queiram dizer, em vão, gastar palavras... A sociedade está mal formada desde o tempo em que o ser humano se começa a relacionar com outros seres iguais a si, ou talvez até antes.
E agora apenas permanece as dúvidas que sempre ficaram por responder: em quem acreditamos afinal? ; que principios temos? ; formamos as nossas próprias regras? ; que rumo vamos dar à nossa vida? ; seremos tão ou mais hipócritas que a sociedade?