2.19.2011

Toxicidade




Parte-se ao meio a cidade nostálgica e deserta, onde se vagueia pelas ruas desnorteado e sem sentido ; metade será o caos a outra pura e doce eternidade . cor do vácuo . comunicar sem som ; ruído branco .
Bússula não existente .
Procurando novos caminhos, que não sejam sempre os mesmos, enfadada da mesma rotina repetitiva da esquerda e da direita, do em frente . quero encontrar um caminho que me diga “vai para trás, não vires à esquerda, não vires à direita, nem sigas em frente, nem subas ruas . volta para trás, e desce para cima, sobe para baixo .”
E a origem, que foi esquecida . no tempo perdida . azul, violeta, anil e transparente, todos misturados, ardem-na e até mais nunca (!)
O vento traz ar cortante do deserto, pura toxicidade, enterra-nos vivos, deixando-nos a respirar ar viciado e morto . falta oxigénio . falta ar fresco . tem-se vertigem, e sabemos que é aí, não há nada mais; acabou .
E vê-se agora, o céu incerto, e a chuva cai, mas já não molha mais .
Chega a polícia bacteriológica, e com a sua classe, lá faz o seu trabalho . impõe o seu raciocínio sem ponta de lógica alguma, a qualquer um .
Que importa ?
Toxicidade - GNR

2 comments:

Unknown said...

sigo segues (:

ireneia vicente said...

gosto *.*
sigo *
segue também (: