6.17.2010

Leva, leva tudo!

Leva, leva tudo!
Deixa-me esquecer-te.
Torna-te um passado infeliz, para eu recordar e aprender com ele.
Deixa, deixa-me esquecer-te para deixar de me magoar.
Leva, leva o teu perfume, para ele apenas permanecer na minha memória;
a imagem da tua cara, o sorriso no teu olhar, os gestos do teu corpo...
Não serão mais do que meras memórias desse meu passado obscuro, que se irão apagar mais cedo ou mais tarde, com o passar do tempo.
Torna-te uma lágrima escorrida, pelo meu rosto abaixo, um desabafo silencioso, um grito mudo, apenas sentido e ouvido na solidão.
Foge, foge! E não olhes para trás, não penses no que destruíste nem no que deitaste abaixo, simplesmente, transforma-te no vento.
Numa brisa, fria e desconfortável que nos traz memórias de um passado longínquo, repleto de sombras e lágrimas.
Finge, finge que deixaste de existir, que desapareceste de tudo e que por fim, levaste tudo contigo, e que te tornaste uma lágrima escorrida e perdida entre tantas outras.

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